9 de dezembro de 2013

Escombros

by Ana Paula de Almeida às 12:15 0 comentários
Já diz aquele ditado que não há tempestade que dure para sempre. Mas enquanto dura, é pesada, dura, demorada, carregada de pedras e ventania.
Te desestrutura, desestabiliza, derruba, te tira a vontade de viver. Parece que é mais fácil se entregar e deixar a correnteza te levar.
Enquanto o céu tá negro e cortado de raios, parece impossível enxergar e imaginar que tem céu azul debaixo disso tudo. Mesmo com todo mundo te dizendo que a tempestade vai passar, pra quem tá ali, debaixo da água, é difícil de acreditar. Muito difícil.
É difícil aceitar que de um dia ensolarado e feliz, a vida tenha se transformado numa tempestade, com direito a vendaval. Vendaval daqueles que tiram telhados e as coisas do lugar. Daqueles que carregam, coisas materiais e sonhos. Deixam só os destroços.
Destroços de planos que não vão se concretizar, de abraços que não vão se repetir, de "eu te amo" que não vão ser ouvidos nunca mais. Os sorrisos, as lágrimas, os sonhos, os momentos bons, tudo ficou debaixo dos escombros. E parece que nem a equipe de bombeiros mais capacitada vai conseguir retirá-los dali.
Escombros emocionais, que desmoronaram com a vida que foi interrompida. Vozes que se ouvem lá no fundo, mas que todos sabem que não vão voltar, paredes que não vão se reerguer.
Mas é preciso continuar, depois que a tempestade passa, a vida segue. Por mais difícil que pareça, ela segue. O sol começa a secar os alagamentos e os escombros tem de ser retirados. Para darem lugar a novas histórias. O que passou, ficou ali, não vai se repetir, mas uma vida nova continua dali.
Eu só espero que essa tempestade passe, pra que eu consiga recolher meus escombros, e começar de novo. E de novo quando tudo ruir.


14 de outubro de 2013

Enfim, fim

by Ana Paula de Almeida às 15:04 0 comentários


Vida é ciclo. E todo ciclo, tem começo, meio e fim.
É a lei e não adianta chorar. A gente tem que acostumar durante umas boas décadas a lidar com a ansiedade e o despreparo dos começos, com o conforto dos meios e com a dor dos fins.
Mas os fins, que nem sempre justificam os começos e os meios, e nem sempre são como a gente espera, são sempre tido como os vilões.
Tudo que é bom acaba. Mas tudo que é ruim também.
E o fim dá abertura pra um novo começo, que pode ser ainda melhor que o anterior. Ou não também. Mas é um começo, e começos precisam dos fins para começarem.
E os fins precisam de coragem pra terminar.
O fim não precisa ser triste. Pode dar sim uma pontinha de nostalgia, de algo bom que passou, mas deve dar o friozinho na barriga do que está por vir.
Ruim é meio. No meio tá tudo calmo, simples, rotineiro, sem emoção.
Começo dá medo, fim também. Meio da saudade do começo e receio do fim.
Terminar é preciso. E não deve ser visto como ruim porque às vezes é muito bom. Pode não ser na hora, mas é bom. Dá alívio, tira peso das costas pra que ela fique livre pro próximo fardo que vem por aí.
Terminar o que é ruim é ótimo, mas terminar o que é bom também é gostoso, porque nada é eterno.
Nada.
E a certeza disso é o fim. Natural. Necessário.
Enfim, fim.

10 de setembro de 2013

etéreo

by Ana Paula de Almeida às 10:53 0 comentários
o presente de mais precioso que eu podia ter eu guardei pra você
num lugar casto, etéreo, intrínseco, diáfano
eu não sei quem é você, eu não sei quem vai te trazer
eu não sei se você numa tarde domingo ou numa manhã de quarta-feira
numa noite fria de dezembro ou num sábado chuvoso de julho
se vem de branco ou amarelo
na fila do banco ou na sala de espera do dentista
de longe ou de perto
trazendo sorriso ou indecisão
mas sei que vem...



14 de junho de 2013

Não é problema meu, é problema nosso

by Ana Paula de Almeida às 20:48 1 comentários

Escrevi e apaguei o dia inteiro porque não palavras pareciam insuficientes para demonstrar tamanha indignação e euforia, tudo misturado. De um lado, a emoção de ver o povo indo às ruas, coisa que eu nunca vi, nasci em 1991 e só conheço o episódio dos "caras-pintadas" das histórias que a minha mãe me conta e dos livros didáticos da escola. De outro lado porém, é a indignação frente a ignorância de muitas pessoas que, em pleno 2013, com todo o avanço da proliferação das informações, ainda insistem em ouvir um só lado da história, o lado da mídia tradicional.
13 de junho com certeza entrou pra história do Brasil. O povo saiu às ruas pra lutar por R$0,20, que são muito mais que isso. Os 20 centavos trazem por trás deles todas as mazelas de um povo que não aguenta mais ser humilhado, pisoteado e massacrado todo dia. Um povo que passa quatro horas esmagado nos ônibus e/ou metrô e ainda encara uma jornada de 8 horas por dia. Mazelas que vão muito além do transporte público, isso é só a ponta do iceberg, por trás disso tem todo um país desestruturado, onde a saúde é falha, a educação é falha, a segurança é falha. O Brasil vive um colapso generalizado, não dá pra fechar os olhos pra isso. E é um dos países com o maior recolhimento tributário do mundo, que se fosse convertido em melhorias de verdade pra população, o país não estava do jeito que está. Só que esse mesmo povo se acostumou com décadas de conformismo, mas parece que os 20 centavos acordaram um gigante adormecido, e que resolveu dar um basta nisso tudo.
Eu não apoio nenhum tipo de violência, nem da polícia e nem dos manifestantes, mas também não aceito a generalização de todo o movimento por conta de uma pequena parte do grupo que acha que é na força que se resolve, e que depredar é o único jeito de ser ouvido. Mas gente, por favor, a informação tá na nossa cara. Quantos depoimentos, relatos, vídeos que mostram que não houve motivo pra truculência da polícia em cima dos manifestantes e dos jornalistas que estavam ali trabalhando, ou trabalhadores apenas passando porque é o caminho que fazem todos os dias pra ir pra casa. Até em apartamento eles atiraram, isso não tem justificativa.
Mas não dá pra jogar toda a culpa na PM, infelizmente é um ciclo de erros, que começa quando jogamos nosso voto no lixo e colocamos lá quem não tá interessado no mesmo que a gente. Quem manda na polícia é o governo do Estado, e infelizmente o prefeito da cidade parece que lavou as mãos. Eu não quero entrar nesses méritos, eu não tô lá pra saber realmente o que tá acontecendo, mas faço o possível pra tentar ver todos os lados da história. E todo mundo tem uma parcela de culpa.
O que não dá é pra fechar os olhos e achar que só porque não somos afetados pelo aumento da tarifa, isso não é problema nosso. É sim, é claro que é! Eu nem moro na capital, sou do interior de São Paulo, eu nem ando de ônibus, vou a pé pro trabalho, e isso é problema meu também! É problema meu e é problema seu também. Tô cansada dessa geração de "no cu dos outros é refresco". Enquanto eu escrevo esse texto e você aí que tá lendo, usando a internet e a luz elétrica, estamos pagando impostos, e esses que nem sabemos pra onde tá indo e para o que vai ser convertido. Como eu disse, a tarifa do ônibus é só a ponta do iceberg, é a gota d'água que fez transbordar o rio de podridão que a gente tá nadando escorado nos estilhaços do nosso dia-a-dia.
Mas a "Revolta do Vinagre" mostrou que nem toda a geração é egoísta a ponto de achar que porque não te afeta diretamente, não te diz respeito. Muitos dos que estavam ali protestando, talvez nem usem o transporte público. Mas isso não quer dizer que isso não seja problema deles! Quem foi afetado, não podia deixar o trabalho pra ir protestar porque precisam do dinheiro pra pagar o transporte do mês, e é lindo ver que tem muita gente que foi lá representá-los. Eu tô aqui com a bunda na cadeira porque tô a quilômetros de distância, mas minha vontade era estar lá, exigindo meus direitos.
Só o que eu tenho a dizer é que procurem informação séria, vários blogs, tumblrs, twitters e fanpages estão dedicadas só a isso. Informação não falta. Não se contentem com a superfície. Não achem que não é problema nosso.
E que seja só o começo de um novo tempo, de novos protestos, contra a PEC 37, contra a corrupção e contra tantos outros abusos a que somos expostos todos os dias. Os protestos não são uma corrente isolada de extrema esquerda como uma parte da mídia tenta nos convencer. Não é uma rebelião adolescentes comandada por baderneiros.
E esse problema não é meu, não é seu, é nosso.

Em tempo, esse vídeo aqui me arrepiou e define nosso atual momento

18 de maio de 2013

A beleza de ser o que se é

by Ana Paula de Almeida às 19:12 2 comentários

Esses dias vi um vídeo que satirizava jovens "hipsters" que fingiam gostar de bandas que nem existiam, só pra serem cools. Pensei comigo que eu já fiz muito isso na adolescência, não de fingir conhecer bandas que nem existiam, mas fingir gostar de bandas que eu nem conhecia só pra me enturmar. E é um comportamento comum nessa idade, afinal, é uma época de série crise de identidade, onde a gente quer de fato se encontrar em algum lugar. E um dia a gente se encontra e para de se importar com essa bobagem de fingir ser o que não é, e passa a assumir os verdadeiros gostos.
Não tem coisa melhor que ser bem resolvida a ponto de dizer que gosta de funk e de Beatles, no meu caso. E eu gosto mesmo, qual o problema? Eu não tenho preconceito musical, de verdade. Claro que eu não sou eclética a ponto de dizer que gosto de tudo, porque aí já é ser legal demais. Eu não gosto por exemplo de rap e samba. Não porque acho ruim, por que esse critério é muito subjetivo. E não se deve entrar nos méritos da subjetividade. Não sou ninguém pra julgar o que é bom ou ruim pro outro. Eu não gosto porque não gosto e ponto. Eu tenho esse direito, todo mundo tem.
O que não entra na minha cabeça é ser julgado por seus gostos. Oi? Estamos no ano de 2013 e tem gente que tem a audácia de classificar a pessoa pelo gosto musical. Um dia, um conhecido me disse que ninguém falava que eu gosto de funk porque sou toda delicada, menininha, gosto de moda etc. Quer dizer então que eu tenho que só pelo meu jeito de ser eu só posso gostar de pop, Britney, Beyoncè, Lady Gaga? Que inclusive eu amo, de paixão, sei todas as músicas. Eu gosto muito de muita coisa. Sou fã de Coldplay, de ter discografia e chorar em show. E sei todas as letras do Naldo e da Anitta.
Isso não define meu jeito de me vestir e nem meu modo de agir. Meu irmão ouve rap e não é bandido. Minha mãe ouve sertanejo e não é caipira. Eu sou apaixonada por música eletrônica e não uso ecstasy, nunca usei.
A menina que ouve funk e usa roupa curta não é prostituta e não te dá o direito de mexer com ela na rua e dizer coisas baixas. A menina que ouve rock e gosta de se vestir com calça rasgada e camiseta de banda não é depressiva e isso não te dá o direito de humilhá-la e olhar torto quando ela chega nos lugares.
Parem de rotular as pessoas e diminuírem alguém só pelo que ouve, veste ou gosta de fazer. E pare de fingir ser o que você não é por medo do que as outras pessoas vão pensar.
Não há graça melhor de ser o que se é. De não ter medo de dizer pra todo mundo que você gosta do som de preto e de favelado, mas que quando toca ninguém fica parado. Eu posso ouvir John Lennon e posso ouvir Bonde das Maravilhas que isso não me faz ~nem melhor, nem pior~(sdds orkut) que ninguém. Eu posso assistir minha novela ou meu BBB numa boa sem ninguém me dizer que é por isso que o Brasil não vai pra frente. Até porque não é desligando a tv na hora da novela que o país vai crescer, e sim a partir de atitudes muito maiores, que independem da pobre novela. Eu posso fazer o que eu quiser e tenho o direito de exigir que ninguém me rotule. E você também pode. E ninguém tem nada com isso.

22 de fevereiro de 2013

Leveza

by Ana Paula de Almeida às 12:42 1 comentários

Eu não sei porque às vezes a gente insiste em levar uma vida pesada se tudo pode ser leve. 
Das coisas que eu mais gosto da vida é andar pra rua dando risada dos meus pensamentos engraçados. Rir de lembrar de uma piada que me contaram ou de quando eu tropeço no meio fio por causa dos meus dois pés esquerdos. Rir da gente é tão bom, ainda mais quando você é uma atrapalhada nata. Por muito tempo eu reclamei de tudo que me acontecia, tudo estava bem mas sempre tinha um porém. E reclamar não adiantava nada e ainda me deixava triste.
Aprendi a rir de quando pego uma ventania que bagunça todo o meu cabelo. Mas rio de boca fechada porque engolir areia deixa gosto ruim na boca. Aprendi a rir de quando chove e passa um ônibus na poça e me dá um banho. Tá bem, dá raiva, mas imagino que quem tava dentro do ônibus tá chorando de rir de mim então eu rio junto.
Aprendi a rir dos meus capotes na escada do trabalho, dos meus banhos de café, de quando eu falo uma palavra errada em inglês e de quando eu acordo atrasada e calço uma meia de cada pé.
Não rio de tudo, pois já dizia aquela música que "rir de tudo é desespero", mas tem coisa que não adianta reclamar. Se não tá bom, vai lá e muda! Ou aprende a rir, a levar a vida mais leve. Não precisa não levar a sério, mas leva a sério rindo. 
Uma vez uma amiga minha me disse: "achei umas fotos nossas aqui, você rindo, como sempre", e aí tudo fez sentido. 

Essa música explica tudo que eu tô tentando explicar:

Nem sei
Dessa gente toda
Dessa pressa tanta
Desses dias cheios
Meios-dias gastos




18 de janeiro de 2013

Dieta

by Ana Paula de Almeida às 11:41 1 comentários

Chega um dia na vida que você começa a avaliar o que tem te feito mal e começa a cortar do dia-a-dia. Carboidratos, roupas velhas e pessoas. Sim, pessoas. Tem gente que engorda mais que bolo de chocolate. Deixa a alma cheia de gordura trans e aumenta a chance de você, sei lá, ter infarto de tanto desgosto. Pessoas podem ser mais nocivas que batata frita no café da manhã. Bem mais.
É por isso que eu resolvi cortar tudo que incha e retém coisas ruins. Gente que incha seu ego pra depois te deixar pra baixo. Gente que retém tudo quanto é energia ruim pra despejar em cima de você. Gente que corrói suas artérias como colesterol. Gente que é feito doce, na hora te dá aquela sensação deliciosa, de prazer, mas por dentro tá destruindo seu organismo e deixando dependente de insulina pro resto da vida.
Eu não quero do meu lado o que não me faz sorrir. Ou o que me faz sorrir na hora mas depois me dá indigestão. Prefiro pessoas tipo "comidas saudáveis", na hora podem parecer ruins por te fazerem enxergar a realidade mas te fazem um bem tão grande lá na frente.
Tô balanceando minha dieta pra priorizar o que me faz bem e, consequentemente, feliz. Pessoas que no começo podem parecer duras como começo de dieta, mas que você sabe que tudo que fazem é pra que você fique feliz e saudável. Pessoas saudáveis.
Não quero mais roupa velha no meu guarda-roupa, roupas que fizeram sentido lá atrás mas que hoje em dia eu simplesmente não sei pra quê guardo. É preciso desapegar, é a lei natural, e quando uma coisa não te serve mais, é preciso se desfazer dela. Emagrecer o corpo e a alma pra experimentar novas roupas e sensações. Se abrir pro estranho, pro novo, se deixar surpreender.
Pode parecer difícil no começo, mas eu prefiro viver por muitos anos com o que me faz bem do que continuar me deixando corroer pelo que não agrega mais em nada. Limpar o guarda-roupa, mudar a dieta e transformar a rota. É isso que eu quero.

15 de janeiro de 2013

Ser sozinho não é ser triste

by Ana Paula de Almeida às 12:25 1 comentários

Quem é solteiro sabe que a maioria dos sozinhos adora fazer um drama do tipo "queria tanto encontrar alguém", "quero namorar", etc, e eu me incluo nessa. É porque ser sozinho pode ser doloroso, se você fizer disso uma coisa ruim.
A verdade é que depois que a gente termina um relacionamento complicado vem aquela fase do "fechado pra balanço", que é quando a ferida está aberta, você não quer saber de ninguém, e no fundo ainda tem aquela esperança de que volte com o ex. Depois dessa fase, vem aquela do desespero, tipo abstinência, você já esqueceu a pessoa (ou não) e quer a todo custo fazer a fila andar. Aí é aquela fase que você tá em todas as baladas, em todas as festas, qualquer pessoa é um alvo potencial e você já sai pensando em encontrar o novo amor da sua vida. O problema é que você nunca encontra, volta pra casa frustado e  começa a se remoer pensando no que tá acontecendo de errado. Isso se agrava se o seu ex já tiver seguido a vida, e se torna uma questão de honra fazer o mesmo. Essa é a pior fase de todo o solteiro, é a fase mais frustrante, desgastante e quando todos os seus amigos começam a namorar. É melhor fazer um retiro no Nepal do que passar por isso.
Mas essa fase passa, ô se passa! E aí vem a melhor parte de ser solteiro, e uma das melhores fases da sua vida: quando você começa a se amar e a achar a sua companhia a melhor do mundo! Não tem sensação melhor que essa. Você pode estar no sábado a noite de pijama tomando vinho e vendo TV ou pode estar no camarote da melhor balada da cidade, não importa, a sua companhia é a melhor de todas. Todo mundo te olha, te ~paquera~ e você não tem aquela obrigação de provar pra todo mundo que você partiu pra outra e sair beijando qualquer um. Mas se você quiser beijar também, você beija, e faz isso pelo seu prazer. E aí você passa a não sentir inveja dos casais felizes andando pela rua porque você pode ir pra onde quiser, com quem quiser, a hora que quiser, sem dar satisfação pra ninguém. Os casais aparentemente felizes começam a ter inveja de você.
É nessa hora, quando você mais se ama, que você aprende a enxergar os sinais e as pessoas incríveis que a vida coloca na sua frente. Quando você tá nas fases anteriores - fechada pra balanço e escancarando as portas pra que qualquer um entre - você não consegue ver um palmo na sua frente. E quando vê, não consegue valorizar as pessoas legais primeiro porque você não quer ficar ninguém e segundo porque você quer ficar com todo mundo.
Quando você tá de cabelo novo, fazendo academia, aprendendo uma língua nova e planejando as suas primeiras férias sozinha que a surpresa bate a sua porta. E é tão bom, porque você aprendeu tanto a se valorizar depois da tempestade das fases anteriores, que a calmaria de se amar é a melhor recompensa. Quando você se ama, é muito mais fácil fazer com que os outros se amem, e que você ame os outros também. É um ciclo, e que você tem que passar pelas fases difíceis até aprender que não importa onde você esteja, a sua companhia é a melhor do mundo. Você aprende a se tornar o tipo de pessoa que você gostaria de ter do lado.
Por isso que não dá pra "pular de fases", todo mundo precisa de um tempo assim sozinho pra aprender que a felicidade não está no outro, mas está em você. É é se fazendo feliz que você consegue fazer o outro feliz.

2 de janeiro de 2013

2013: o ano do recomeço

by Ana Paula de Almeida às 11:54 1 comentários

Já se passaram as festas de fim de ano. Estamos oficialmente em 2013, contrariando o que as "Profecias Maias" disseram até hoje. E olha, eu agradeço muito a Deus que em 2013 já não vai ter mais aquela chatice de uma folha que cai da árvore ser indício do fim do mundo.
Todo ano é um recomeço, em que nós devemos avaliar tudo o que foi certo no ano que passou e o que foi errado também. E sobretudo, aprender com os erros, afinal, é pra isso que os erros servem. É tempo de fazer aquela faxina na vida pessoal, profissional e material, jogar fora o que não presta mais e desenterrar coisas boas que estavam esquecidas. É tempo de começar de novo, um dia de cada vez.
E pra mim, mais do que nunca, é um recomeço. Há alguns dias eu ainda era uma estudante, e olha só, estou formada. Às vezes não dá pra acreditar, mas é um fato. Praticamente 16 anos da minha vida eu dediquei aos estudos, e agora, eu encerrei um ciclo. O que não significa que eu vou parar, um novo ciclo se inicia agora. Como vai ser? Eu não sei, mas prometi a mim mesma que vou fazer diferente.
Ano passado, principalmente, eu mal tive tempo "pra mim". Estive tão envolvida com uma imensidão de projetos de vida, coisas muito boas por sinal, mas tive muito pouco tempo pra pensar na Ana Paula, de verdade. E esse ano vai um dos "recomeços" vai ser nesse sentido.
Faz muito tempo que não faço nada por mim. Não que meus projetos de vida não sejam pra mim, mas o que quero dizer é que faz tempo que eu não cuido de mim. E quem vai cuidar da gente se não nós mesmos? Saúde física, espiritual e emocional, sinto que deixei isso de lado nos últimos tempos, e isso não faz bem, ah não faz mesmo. Basta perceber que nos meus momentos de folga eu só penso em dormir de tanto cansaço.
Você também se sente assim? Pode ser que você tenha cometido o mesmo erro que eu! Então, vamos, nós temos um ano todo pela frente, dá tempo de fazer diferente!
Penso que as metas e resoluções pra um ano só valem se forem cumpridas, pra valer. Não adianta prometer que vai emagrecer em 2013 se continuar com os mesmos hábitos, não é? E esse ano eu decidi que vou fazer diferente, vou me amar mais do que nunca, e vou fazer as coisas que mais tive vontade até hoje.
Já decidi que vou enfim cortar meu cabelo, sem adiar mais. Faz três anos que eu me prometo isso, mas na hora, sempre deixo pra lá. Outra decisão vai ser de entrar na academia, outro "projeto" que eu tenho há mais de quatro anos, mas por incompatibilidade de tempo x dinheiro, eu sempre adiei. Agora eu tenho tempo, dinheiro e disposição, então, pra quê esperar? Não penso na academia pra emagrecer não, mas pra ser saudável e ter mais disposição. Além do que, é um investimento mais do que necessário em mim mesma, pro meu prazer e minha satisfação. Vou também tirar habilitação, afinal, tô com 21 anos nas costas! Devia ter tirado há três anos, mas de novo a matemática tempo e dinheiro não me deixou ser forte e persistir nisso.
Já fiz a lista dos livros que tenho que ler, pois ano passado eu fiquei tão envolvida no meu TCC que não tive coragem de me deixar levar por uma leitura realmente prazerosa. Já fiz a lista das séries que tenho que assistir, além dos filmes. Outra resolução que já está sendo executada é minha viagem de férias. Só saio de férias em janeiro de 2014, por isso, tenho tempo pra planejar uma viagem pra um lugar distante e que sempre tive vontade de conhecer. Acho que a gente tem que se mimar um pouco, e afinal, eu mereço!
Prometi a mim  mesma que não tenho tempo a perder e esse ano não vou deixar o desânimo me impedir de fazer nada. Minhas metas são objetivas, e todas possíveis. Em contrapartida, a promessa que eu sempre fiz de "encontrar um amor", esse ano eu deixei de lado. Não porque não queira, mas é que o amor não é analítico e estratégico, e quando se torna, fica chato! Então, esse é o tipo de coisa que eu vou deixar que o destino se encarregue :)
E você, quais são suas metas? Quando você pretende colocá-las em prática? Já é dia 2 de janeiro, não deixe pra mais tarde! Prometo que durante o ano vou cumprir minhas metas e postá-las aqui, pra deixar de incentivo pra vocês e pra mim mesma. E quero dia 31 de dezembro de 2013 ler esse post e ver que eu consegui tudo isso.
E ah, Feliz 2013!

Ana Paula

 

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