31 de julho de 2010

Chronic dissatisfaction

by Ana Paula de Almeida às 22:46 1 comentários
Bom, hoje resolvi variar um pouco, e ao invés de postar um dos meus textos vou transcrever aqui um dos diálogos cinematográficos que eu mais gosto. O trecho foi retirado de um dos meus filmes preferidos, Vick Cristina Barcelona, em que os protagonistas Maria Helena (Penélope Cruz), Juan Antonio (Javier Bardem) e Cristina (Scarlett Johansson)encenam uma acalorada discussão. Peço que desculpem os erros de tradução e espero que gostem e quem não viu ainda se interesse a a assistir, porque eu recomendo! Pra quem gosta de um bom romance com uma pitada de bom humor e sensualidade é uma ótima pedida!



Vick Cristina Barcelona
A vida é a mais suprema obra de arte!

Cristina: I don't know, not this.
Juan: There's no answer, Cristina...
Maria Helena : Antonio no lo entiendes que no ha conseguido lo que queria, quiere otra cosa, que esto ja no le basta, que es como una efermidad, que nunca le va bastar con nada!
Cristina: Don't get so upset, please.. and can you speak english please? I can't understand you.
Maria Helena: Esta niña nunca le va bastar con nada.
Juan Antonio: Please speak in English.(...)
Maria Helena: Como lo sabia! Como lo sabia!
Juan Antonio: Speak English, please, so she can understand all right?
Maria Helena: Chronic dissatisfaction, that's what you have. Chronic dissatisfaction. Big sickness. Big sickness.
(...)
Maria Helena: Do you know how much we love you?
Cristina: Yeah, and I love you both.
Maria Helena: No, you don't. No you don't. Niña de mierda! Niña de mierda! Niña de mierda! Como lo sabia! Como lo sabia!


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Maria Helena: Eu te disse ou não te disse?
Juan: O que você quer?
Cristina: Eu quero algo diferente.
Juan: O quê?
Cristina: Não sei, não é.
Juan: Não há nenhuma resposta, Cristina ...
Maria Helena: Antonio não entende que ele não tenha conseguido o que queria, não quer nada, ja não é suficiente, que é como um doença, que nunca será suficiente para nada!
Cristina: Não fique tão chateada, por favor .. e você pode falar Inglês, por favor? Eu não posso compreendê-lo.
Maria Helena: Essa menina nunca vai estar satisfeita com qualquer coisa.
Juan António: Por favor, fale em Inglês .(...)
Maria Helena: Como eu sabia! Como eu sabia!
Juan Antonio: Fale Inglês, por favor, para que ela possa entender tudo bem?
Maria Helena: a insatisfação crônica, que é o que você tem. insatisfação crônica. Grande doença. Grande doença.
(...)
Maria Helena: Você sabe o quanto te amo?
Cristina: Sim, e eu te amo tanto.
Maria Helena: Não, você não. Não, não você. Menina de merda! Menina de Merda! Menina de merda! Como eu sabia! Como eu sabia!



[Penélope Cruz, de longe minha atriz preferida, e em uma de suas melhores atuações]



[O filme é recheado de fotografias, feitas pela personagem da Scarlett, a Cristina. Agora dá pra entender um dos motivos pelo qual eu amo esse filme não é?]

26 de julho de 2010

O fim do começo

by Ana Paula de Almeida às 21:34 3 comentários

Não me lembro a data exata em que isso aconteceu, nem ao menos de como aconteceu, só sei que quando vi não via mais graça alguma nas minhas bonecas. Minhas barbies tinham perdido o brilho dos cabelos e glamour dos vestidos de princesa. E engraçado, até o dia anterior "O Castelo Rá-tim-bum" ainda era o meu programa preferido, mas, depois, eu não suportava ouvir a voz do Nino.
O que mais me espantou foi olhar no espelho e ver que meu cabelo estava diferente, meu corpo estava diferente (é, eu não era mais aquela gorduchinha), e, para a minha surpresa, um sinalzinho muito feio havia aparecido na pontinha do meu nariz. Era a minha primeira espinha. Fiquei em choque, gritei pra minha mãe me socorrer. Ela simplesmente riu e me disse "Pode se acostumar por que você vai conviver com 'elas' por muitos anos ainda".
O mais engraçado era que, de uma hora para outra, os meninos da minha classe que antes eram extremamente chatos e insuportáveis passaram a ser "bonitinhos". Na verdade lindos, e vez ou outra meu coração acelerava de um jeito muito estranho por um deles.
Como qualquer criança, sempre gostei muito de doces, mas nos últimos tempos sentia uma vontade absurda de me encher de chocolates. Toda vez que comia uma barra me sentia melhor e queria comer outra. Parecia uma droga. E quanto mais eu comia aqueles chocolates deliciosos, mais o meu rosto ficava infestado daquelas espinhas horrorosas.
E o meu corpo então era o que mais me assustava. Minha mãe resolveu me colocar em aulas de esportes pra que eu pudesse me distrair e emagrecer um pouco. Emagreci demais, e percebi que os meus seios estavam começando a crescer. Fiquei profundamente incomodada quando percebi isso e minha mãe tratou de me dar uns sutiãs de presente. Nossa, como aquilo incomodava, e incomodava mais o jeito como os meninos cochichavam e faziam comentários maldosos sobre isso. O que me consolava era que eu não era a única, várias amiguinhas passavam pelo mesmo incômodo.
O que eu não havia percebido ainda era que eu estava crescendo. Confesso que quando mais nova não via a hora de crescer logo pra poder sair à noite como as minhas primas mais velhas. Só não imaginava como seria. No fundo nunca pensei que um dia teria coragem de largar minhas bonecas e minhas tardes na rua brincando de queimada e pique-esconde. Nunca pensei que um dia não iria ver graça em tudo que um dia me pareceu tão normal.
Mas esse dia chegou e eu tive de aprender a lidar com todas as mudanças que seriam inevitáveis a partir de agora. E lidei, só não sei se muito bem. Só sei que, eu daria a minha vida pra voltar pra fase em que minha única preocupação era que vestido colocar na minha Barbie.

Ana Paula de Almeida

13 de julho de 2010

It's Rock'in Roll for me, baby!

by Ana Paula de Almeida às 14:14 2 comentários

Hoje, dia 13 de julho, para quem não sabe, é o Dia Mundial do Rock. E eu não poderia deixar de oferecer meu tributo a este que, para mim, é muito mais que um ritmo musical, é um estilo de vida. Minha relação com o rock, posso dizer sem hesitar, é quase espiritual. Digo isso porque meu pai deixou esse mundo quando eu ainda era um bebê, e a maior herança que ele podia me deixar sem dúvidas, foi o rock. Foi graças ao meu pai que hoje Beatles, Gun's, The Doors, Led Zeppelin, Kiss, Queen, Rolling Stones e tantos outros clássicos fazem parte da minha vida.
Tenho muito poucas lembranças do meu pai, mas ouvindo rock sinto a presença dele, bem perto de mim. The Beatles é a minha banda preferida, e poucos anos atrás vim saber pela minha mãe que era a banda preferida dele também. Só eu sei a emoção que senti quando soube disso, pois até aquele momento não entendia o porquê do fascínio e da paz que eu sentia quando ouvia o quarteto de Liverpool.
Outra banda que teve grande influência ao longo da minha vida foi o Gun's Roses. Lembro que o primeiro contato que tive com as músicas deles foi por causa de um fogão azul que a minha mãe tinha! É, você me pergunta, o que um fogão tem a ver com a banda do tio Axl? É que esse lendário fogão azul (que eu odiava a cor, por sinal) tinha um adesivo do Gun's na parte frontal, que eu meu pai havia colado meses antes de morrer. Eu adorava aquele adesivo, porque ele tinha uns desenhos de rosas por toda a extensão, e o nome da banda no centro, só que eu ainda não sabia ler, é claro. Então perguntei pra minha mãe o que era aquilo, e ela me disse que era meu pai quem tinha colado aquele adesivo e que nesse dia ela brigou muito com ele por causa disso, e então ela me falou que Gun's era uma banda que ele gostava muito. E ainda me contou que quando ela estava grávida ele sempre ouvia Gun's e Beatles pra eu ir me familiarizando, então por aí dá pra entender meu instinto rocker de ser.
Não há como falar de rock pra mim sem citar essa relação tão íntima que eu tenho com ele. Diferentemente de tantas pessoas que seguem o ritmo no estilo de se vestir, eu não preciso de roupas nem de cabelos de rockeiros pra mostrar pro mundo que os solos de guitarra pulsam dentro de mim. A relação que eu tenho com o rock é muito mais de fora pra dentro que de dentro pra fora. Eu ouço e sinto, e não preciso de mais nada. Mas admiro as pessoas que fazem do rock um estilo de vida literalmente, e utilizam-se das músicas como forma de protesto e revolução. Só que, o rock pra mim é espiritual no sentido de que é por ele que eu me encontro, minhas raízes estão "fincadas" no solo do rock. E é por isso que esse dia é tão importante pra mim, o Dia Mundial do Rock é como se fosse o meu dia.
E nada melhor para celebrar esse dia do que consumir muito rock! É claro que a partir dos Beatles eu fui conhecendo outras bandas e formando meu próprio perfil musical. Hoje em dia ouço muito Indie Rock, que na minha opinião, é a melhor vertente do rock. Consumo sem moderação muito Coldplay, Oasis, Keane, Strokes, Artict Monkeys, Kings Of Leon, The Killers, Franz Ferdinand, Kaiser Chiefs, White Stripes, U2,Titãs, Capital Inicial, Legião Urbana e muitas outras bandas que definem por meio de letra e melodia tudo o que eu sou e acredito. E para os não-leigos no assunto, é vísivel a minha preferência por bandas da terra dos meus amados mestres do rock, que são os ingleses. Acredito que lá está o celeiro das melhores bandas, e é por isso que ir para o Reino Unido está entre os meus planos para o futuro.
Só tenho nesse dia a agradecer aos mestres que inventaram e que mantem vivo até hoje esse estilo que faz parte de mim. Meu agradecimento especial à Elvis Presley, John Lennon, Paul McCartney, Ringo Starr, George Harisson, Jerry Lee Lewis, Jhonny Cash, Bob Dylan, David Lee Roth, Gene Simmons, Eric Clapton, Jimy Hendrix, Mick Jagger, Jim Morrisson, Raul Seixas, Rita Lee, Janis Joplin, Ozzy Osbourne, Freddy Mercury, Axl Rose, Chris Martin, Liam e Noel Gallagher, Cabel Followill, Brandon Flowers, Julian Casablancas, Rita Lee, Josh Homme, Alex Turner, Bono Vox, Rodrigo Amarante, Marcelo Camelo, Renato Russo, Cazuza... enfim, perdoem-me se me esqueci de algum, é que são tantos gênios que fazem parte do movimento rock, que eu peço a ajuda de vocês para não cometer o pecado de esquecer de citar qualquer um que seja.
E que viva o ROCK!

Ana Paula de Almeida

10 de julho de 2010

Sem frescuras

by Ana Paula de Almeida às 22:57 3 comentários

Eu sento no chão. Sei trocar lâmpada. Mato insetos. Abro potes de palmito. Brinco de lutinha. Falo palavrão. Pago as minhas contas e não falo miando. Entendo de futebol e gosto bastante de um rock de verdade, mas sei o valor de uma boa balada romântica. Não tenho vergonha de falar sobre coisas de homens com homens. Saio de casa de manhã sem maquiagem e sem pentear o cabelo pra ir à padaria.
Não sou mulherzinha, mas choro em filmes de amor e estou sempre bonita e cheirosa. Não sou mulherzinha, mas não lavo a louça no dia em que fiz a unha. Não sou mulherzinha, mas tenho os meus dias de carência e tpm. Não sou mulherzinha e como batata-frita com Coca-cola, mas procuro manter a saúde em dia, e vivo descobrindo creminhos milagrosos.
Não sou fresca, mas gosto de ser cuidada. Curto um mimo, carinho, dengo e proteção. Adoro flores, gosto de romance de portão e gestos e demonstrações de cavalherismo.
A diferença é que eu não sugo: recebo e retribuo como qualquer mortal não-fresco.


Obs.: Texto parafraseado da comunidade no orkut Sem Frescuras

8 de julho de 2010

O problema não é com você, é comigo!

by Ana Paula de Almeida às 20:48 1 comentários


Nesta minha não tão vasta experiência no campo maluco e contraditório do amor, posso dizer que tanto decepcionei quanto fui decepcionada. Amores platônicos, não-correspondidos, corações machucados e sentimentos por vezes oprimidos e ignorados. Porém, depois de constatar que definitivamente eu não tenho sorte no amor, resolvi desistir dele por um tempo.
Mas, se for analisar, ninguém tem sorte no amor. Porque o amor, essa perigosa raposa, não depende de sorte, e sim de disponibilidade. Cheguei a essa conclusão quando, depois das minhas desilusões, resolvi analisar os romances de amigos e conhecidos. Percebi que essas pessoas davam "certo" pelo simples fato de estarem dispostas a dar certo. Parece complicado, mas essa é a verdade.
A partir disso cogitei a possibilidade de o problema estar em mim, e não nos outros. E o meu maior problema sempre foi ver problema nos outros. Muitas pessoas já me abriram os olhos acerca desse assunto, mas nunca havia me dado conta que quando dispensava alguém com aquela velha desculpa "o problema não é você, sou eu", estava não dando uma desculpa, mas realmente expondo a realidade. Se por vezes me senti culpada por usar esta artimanha, agora vejo como nunca fui injusta com ninguém que esteve comigo. Na verdade, sempre fui injusta comigo mesma não me dando a oportunidade de, quem sabe, ser feliz, por simples capricho e vaidade.
Digo capricho e vaidade pois é por culpa da minha personalidade que nunca me dei o direito de conhecer alguém e me deixar levar por um sentimento que eu tanto admirava nas pessoas. De natureza perfeccionista e exigente, o teor de exigência que eu conferia a mim se multiplicava por três quando o assunto era o sexo oposto. Sempre tive um padrão de beleza e de comportamento idealizado, e por esta razão, nunca encontrei ninguém que se enquadrasse nele. E por isso, ficava sozinha, ou cultivava "namoricos" ( como diz minha mãe) que não passavam de dois meses.
É por isso que, a partir de agora, não vou mais exigir tanto de mim e dos outros. Mas é claro, que para se livrar de um hábito não se deve jogá-lo pela janela, mas fazê-lo descer degrau por degrau, então ao mínimo uma exigência tem de ser feita, afinal, é um direito meu poder selecionar ao menos uma característica a ser apreciada. Então, eis que não exijo muito do meu "novo" amor, só quero que ele goste de caminhadas ao pôr-do-sol e que entenda meus dias de tpm. Ninguém vive de amores de filme, mas uma pitada de romantismo é sempre recomendável. E de humor também, mas isso não é uma exigência, se eu puder fazê-lo rir já me dou por satisfeita.
Mas antes de amar alguém, quero ter a oportunidade de me amar. De me aceitar como eu sou e de poder mudar o que pode ser mudado. Não posso me culpar por não tentar, afinal, tenho sido menos exigente nos últimos tempos. E dizem que o amor aparece quando você se abre a ele e quando você menos espera.

Ana Paula de Almeida

6 de julho de 2010

Planos

by Ana Paula de Almeida às 19:53 2 comentários

E eis que as férias finalmente chegaram. As férias que eu tanto esperei e por tanto tempo. Só quem esteve ao meu lado no último mês de aula sabe o quanto eu sofri e o quanto quis entrar de férias logo. Mas e agora, que elas chegaram, o que eu faço?
Eu, como a maioria das pessoas, venho planejando o que iria fazer nas férias. Viajar, ler, sair com os amigos, escrever um livro, aprender coisas novas. Mas quando as férias chegam você se dá conta de que nada do que você planejou vai ser concretizado. A menos aquelas viagens rigorosamente programadas, das quais não há como fugir. A verdade é, que pelo menos pra mim, férias planejadas não tem a mesma graça do que aquelas férias vividas intensamente, onde tudo pode acontecer.
Afinal, para quê servem as férias se não forem para ser aquele período em que você dorme e acorda a hora que quer, vai para onde tem vontade, se dá ao direito de ficar em casa o dia todo de pijama e come brigadeiro de panela às 3h da tarde de uma quarta-feira chuvosa?
Se há programas, horários, planos e itinerários, automaticamente o sabor das férias é deixado de lado. Meu único planejamento para as férias é fazer tudo da melhor forma possível antes de elas chegarem para que eu possa curtí-las ao máximo, sem me preocupar com nenhuma tarefa que fica para trás.
E, pensando bem, quase tudo na vida a gente tenta planejar, porém, as circunstâncias são sempre maiores que os planos. A prova viva disso são as promessas feitas em todo fim de ano, aposto que metade delas não são cumpridas.
Bom mesmo é planejar ser feliz, e não deixar que nenhum obstáculo no meio do caminho desvie esse objetivo. Para todo o resto, deixa o tempo se encaminhar de dar um final feliz pra tudo!

Ana Paula de Almeida
 

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