8 de julho de 2010

O problema não é com você, é comigo!

by Ana Paula de Almeida às 20:48


Nesta minha não tão vasta experiência no campo maluco e contraditório do amor, posso dizer que tanto decepcionei quanto fui decepcionada. Amores platônicos, não-correspondidos, corações machucados e sentimentos por vezes oprimidos e ignorados. Porém, depois de constatar que definitivamente eu não tenho sorte no amor, resolvi desistir dele por um tempo.
Mas, se for analisar, ninguém tem sorte no amor. Porque o amor, essa perigosa raposa, não depende de sorte, e sim de disponibilidade. Cheguei a essa conclusão quando, depois das minhas desilusões, resolvi analisar os romances de amigos e conhecidos. Percebi que essas pessoas davam "certo" pelo simples fato de estarem dispostas a dar certo. Parece complicado, mas essa é a verdade.
A partir disso cogitei a possibilidade de o problema estar em mim, e não nos outros. E o meu maior problema sempre foi ver problema nos outros. Muitas pessoas já me abriram os olhos acerca desse assunto, mas nunca havia me dado conta que quando dispensava alguém com aquela velha desculpa "o problema não é você, sou eu", estava não dando uma desculpa, mas realmente expondo a realidade. Se por vezes me senti culpada por usar esta artimanha, agora vejo como nunca fui injusta com ninguém que esteve comigo. Na verdade, sempre fui injusta comigo mesma não me dando a oportunidade de, quem sabe, ser feliz, por simples capricho e vaidade.
Digo capricho e vaidade pois é por culpa da minha personalidade que nunca me dei o direito de conhecer alguém e me deixar levar por um sentimento que eu tanto admirava nas pessoas. De natureza perfeccionista e exigente, o teor de exigência que eu conferia a mim se multiplicava por três quando o assunto era o sexo oposto. Sempre tive um padrão de beleza e de comportamento idealizado, e por esta razão, nunca encontrei ninguém que se enquadrasse nele. E por isso, ficava sozinha, ou cultivava "namoricos" ( como diz minha mãe) que não passavam de dois meses.
É por isso que, a partir de agora, não vou mais exigir tanto de mim e dos outros. Mas é claro, que para se livrar de um hábito não se deve jogá-lo pela janela, mas fazê-lo descer degrau por degrau, então ao mínimo uma exigência tem de ser feita, afinal, é um direito meu poder selecionar ao menos uma característica a ser apreciada. Então, eis que não exijo muito do meu "novo" amor, só quero que ele goste de caminhadas ao pôr-do-sol e que entenda meus dias de tpm. Ninguém vive de amores de filme, mas uma pitada de romantismo é sempre recomendável. E de humor também, mas isso não é uma exigência, se eu puder fazê-lo rir já me dou por satisfeita.
Mas antes de amar alguém, quero ter a oportunidade de me amar. De me aceitar como eu sou e de poder mudar o que pode ser mudado. Não posso me culpar por não tentar, afinal, tenho sido menos exigente nos últimos tempos. E dizem que o amor aparece quando você se abre a ele e quando você menos espera.

Ana Paula de Almeida

1 comentários:

Anônimo disse...

habeaya ilo itach.. hi iti..

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