14 de outubro de 2013

Enfim, fim

by Ana Paula de Almeida às 15:04


Vida é ciclo. E todo ciclo, tem começo, meio e fim.
É a lei e não adianta chorar. A gente tem que acostumar durante umas boas décadas a lidar com a ansiedade e o despreparo dos começos, com o conforto dos meios e com a dor dos fins.
Mas os fins, que nem sempre justificam os começos e os meios, e nem sempre são como a gente espera, são sempre tido como os vilões.
Tudo que é bom acaba. Mas tudo que é ruim também.
E o fim dá abertura pra um novo começo, que pode ser ainda melhor que o anterior. Ou não também. Mas é um começo, e começos precisam dos fins para começarem.
E os fins precisam de coragem pra terminar.
O fim não precisa ser triste. Pode dar sim uma pontinha de nostalgia, de algo bom que passou, mas deve dar o friozinho na barriga do que está por vir.
Ruim é meio. No meio tá tudo calmo, simples, rotineiro, sem emoção.
Começo dá medo, fim também. Meio da saudade do começo e receio do fim.
Terminar é preciso. E não deve ser visto como ruim porque às vezes é muito bom. Pode não ser na hora, mas é bom. Dá alívio, tira peso das costas pra que ela fique livre pro próximo fardo que vem por aí.
Terminar o que é ruim é ótimo, mas terminar o que é bom também é gostoso, porque nada é eterno.
Nada.
E a certeza disso é o fim. Natural. Necessário.
Enfim, fim.

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